quinta-feira, 23 de abril de 2015

PUSHKAR


Seguimos com o motorista até Pushkar onde o hotel era no deserto, fora da cidade, longe de tudo, em um lugar esquisito, sem nada por perto, escuro na entrada. E o pior – wi fi só na recepção e ainda teríamos que pagar. Um frio danado. Era deserto mesmo.
O negócio era comer algo leve, um banho e pular na cama e tentar dormir com a cantoria de um grupo de rapazes que comemoram algo. Talvez uma despedida de solteiro.
Até que dormir não foi tão ruim.
Acordar cedo e encontrar tudo coberto de névoa e o frio comendo de esmola. O hotel é meio simpatiquinho. Café da manhã  meio fraquinho e contadinho.
Fomos para a cidade para visitar o Lago Sagrado e o Templo de Brahma.
Ah, não, guia? Mas eu disse que não queríamos guia, mas o bicho grudou.
Não deu outra. O malandro nos levou para o cais do lago, nos jogando para um sacerdote que faria uma oração.
Puta merda! Nós caímos no conto do jantar! Cambada de estelionatários. Tudo combinado. O tal sacerdote nos fez repetir mantras, colocou um coco em nossas mãos, flores e no final mandou que repetíssimos que estávamos doando MIL RUPIAS para o jantar de Brahma. FDP! Nessa hora paramos a tal da oração. Como assim? MIL RUPIAS cada um de nós? Está louco? Se eu não pago um juntar de mil rupias para mim, vou pagar para Brahma que nem come? Vai em cima, vai embaixo, o tal do jantar dos estelionatários ficou em mil rupias pra mim e minhas filhas e o Délcio pagou junto com o Marcello, por serem “irmãos”. Sobrou pra Adriana que pagou sozinha. Os malandros ainda nos tomaram 3 MIL RUPIAS (cerca de 150 reais). Cambada de ladrões! Até hoje eu me odeio por não haver levantado e ido embora. Que se danassem as maldições que por ventura fossem proferidas.
O sacana do guia disse que não podia tirar fotos. Mentira. Tiramos todas as fotos. Foram tantas que até a Lakshmi escorregou e caiu no lago.
A essa altura, furibundos, queria mais era fotografar mesmo, nem que fosse proibido, e nem era, pois as pessoas até faziam poses para nós. Tudo que queríamos era sair dali. O tal guia ainda nos acompanhou até o Templo em visita corrida. Ele sabia que nós queríamos comprar algumas peças de prata e tentou ficar conosco, na maior cara de pau. Descartamos com todas as letras o sabidinho, com uma gorjeta minguada e ele ainda fez cara de frustrado.
Incrível como essa quadrilha tira dinheiro dos pobres peregrinos. São uns urubus!
Pushkar ficou sendo a cidade onde mais fomos explorados em nome de uma religiosidade fajuta. E nem sou lá tão fã do Brahma. Agora então, depois dessa ladroagem dos sacerdotes dele e seus comparsas, agora mesmo que nem quero conversa com seu Brahma.
Percorremos as lojinhas sozinhos para algumas compras.
No meio do caminho visitamos um templo jainista.


À tarde prosseguimos viagem para Jaipur e depois do check in no hotel, os meninos descobriram que rolavam dois casamentos nas imediações. Como a curiosidade matou o gato, Délcio e Marcello saíram para fotografar  os cortejos  dos noivos.

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