domingo, 5 de abril de 2015

DE VOLTA À ÍNDIA

Em outubro de 2011 vim à Índia com minha tia Kim. Ao entrar no avião de volta ao Brasil, decretei – Nunca mais volto aqui. Já vi tudo que eu queria.
Mas as coisas não acontecem conforme nossos desejos. Neste meio tempo, apaixonei-me terrível e perdidamente por Shiva e aí, do nada, recebo uma oferta tentadora de um pacote, sabem aonde? Isso mesmo – Índia.
Minha mente deu voltas. Só pensava em voltar à Índia. Usei como desculpa a promessa de dar uma viagem às minhas filhas. Juntei a desculpa de que, se elas viessem sozinhas, iriam passar por muitas dificuldades. Afinal, viajar pela Índia, para nós ocidentais, é uma tarefa nada fácil. Todo mundo         quer tirar vantagem de alguma forma. Estrangeiro é visto como uma fonte de dinheiro. Não sabem que economizamos para realizar uma viagem dessas, nada barata.
Enfim, passei dos pensamentos para a ação. A princípio seríamos somente minhas filhas e eu. Juntamos mais um agregado – Marcello. Do Marcello, veio o Délcio e da minha parte, convidei Adriana, a quem eu conhecia apenas por Facebook e havia falado com ela uma vez pelo skype.
A ideia foi tomando forma e era só partir para a concretização. Começou o grande processo de pesquisa de preços de passagens, negociações do pacote, afinal, eu não queria o “basicão”, mas levar a turma para conhecer outros lugares interessantes. No final, o roteiro ficou praticamente o que fiz da vez anterior.
Que tal incluir Dubai, já que comprando as passagens pela Emirates teríamos o direito de uma parada , sem pagar taxa de embarque? Assim foi.
Negócio quase fechado, aproveitei uma viagem a São Paulo para oferecer o produto para Adriana pessoalmente. Mais uma agregada. Pena que a agregação da Magna Morais não se concretizou.
OK... eu sentia nesse processo todo que havia um chamado a mais.
Organizamos para nossa chegada coincidisse com o grande festival indiano – o Holi – o festival das cores, da entrada da primavera, do ano novo solar, das brincadeiras de Krishna com Radha. Era só escolher o lugar onde passaríamos o Holi. Decididamente Delhi não seria  a melhor opção. Que tal conhecermos Udaipur, a Veneza Indiana, a Cidade Branca, onde o Holi é intenso? Juntamos o útil ao agradável. Udaipur, pois.
Escolha de hotéis, rejeitando aqueles que eu já conhecia e que não foram do agrado.
Reuniões com os agregados, planos, instruções,  em meio de comidinhas...
Chegando a data de embarque e os preparativos finais – vistos. Ai, os vistos. Uma canseira. Um que preencheu o formulário errado, outro que fez as fotos erradas, correria para arrumar tudo e entrar de última hora, literalmente, faltando poucos minutos para encerrar o expediente na embaixada da Índia... adrenalina.


Chegou o grande dia e haja tensão. Tensão maior quando, já na boca do caixa, ou melhor, no check in, em São Paulo, o encarregado pergunta pelos vistos e todos apresentamos os vistos impressos e aí o Délcio pergunta com a cara mais inocente – era para imprimir o visto? Juro, meu desejo era pular na jugular dele. Isso sem contar que, apesar de eu haver alertado para a apresentação do cartão de crédito com o qual comprou a passagem, cadê o raio do cartão? Mais um corre-corre... mãaaaaae, envia foto do cartão... mãe, envia foto de uma fatura...  (ai, meus sais!).
Enfim, tudo deu certo e lá estávamos a bordo da aeronave da Emirates. Voo perfeito, comidinha boa, até o “barman” caprichou no coquetel com chocolate.


Voo tranquilo até Dubai, o raio do fuso horário, mas nada que atrapalhasse os planos.

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