sábado, 13 de dezembro de 2014

OS IMORTAIS DE MELUHA (2)



“Shiva ficou alarmado, de repente, quando sentiu a mão de alguém roçar de leve suas nádegas. Virou-se num movimento rápido e viu uma jovem lhe sorrir e piscar. Antes que pudesse reagir, viu uma mulher bem mais velha, andando logo atrás da primeira. Pensando que devesse ser a mãe da jovem, decidiu deixar a indiscrição passar por medo de causar qualquer constrangimento. Ao olhar para frente outra vez, sentiu a mão nas nádegas novamente, desta vez mais insistente e agressiva, e quando se virou, ficou chocado por encontrar a  a mulher mais velha sorrindo para ele com sensualidade. Consternado, Shiva correu pela rua, escapando do mercado antes que qualquer outro avanço pudesse destruir por completo a sua compostura”.
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Essa é a forma descontraída, jocosa, gostosa que Amish escreve sobre Lord Shiva, em "Os Imortais de Meluha".
Lord Shiva é recriado com uma roupagem bem humana. Um ser com dores, com pesadelos, carregando uma grande culpa. Um ser que chora, sofre, sonha, enamora-se, dança, pragueja, amaldiçoa, abençoa, celebra a vida e vive a morte na guerra. Acima de tudo, é alguém que procura melhorar como ser humano, cuja divinização não o leva a se afastar do mundo terreno.
Amish Tripathi dá um novo colorido a Lord Shiva, amalgamando mito, religião, crença, guerra, amor, ambição, erros e acertos, reinventado uma antiga forma de falar dos deuses como um de nós, tão próximo e tão longe que faz com que sintamos que cada um de nós pode, um dia, alcançar o estado de  divindade.
"Os Imortais de Meluha" é uma leitura  que faz cantar nossos corações.
 Fran Hardy

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